Um foguete atingiu um hospital na Faixa de Gaza na terça-feira (17/10), matando mais de 500 pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, segundo autoridades palestinas. Elas atribuem o ataque a Israel, que nega envolvimento e acusa a Jihad Islâmica, outro grupo extremista. O ataque aumentou a tensão no conflito entre Israel e o Hamas, que começou no dia 7/10, quando o Hamas atacou Israel com foguetes. Israel respondeu com ataques aéreos na Faixa de Gaza.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai a Israel nesta quarta-feira (18/10) para se reunir com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Ele também tinha uma reunião marcada com líderes da Palestina, Jordânia e Egito, mas eles desistiram após o ataque ao hospital. Os Estados Unidos apoiam o direito de Israel de se defender dos ataques do Hamas na Faixa de Gaza.
O ataque ao hospital provocou indignação internacional. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) condenaram o ataque e pediram proteção aos civis e acesso humanitário na região.
Chefes de Estado como o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau; e o presidente da França, Emmanuel Macron, também se manifestaram contra o bombardeio.
A reunião do Conselho de Segurança da ONU que iria analisar uma proposta brasileira sobre o conflito foi adiada. A proposta condena o Hamas pelos atentados e pede que Israel suspenda a ordem de deslocamento dos civis do norte da Faixa de Gaza. A proposta enfrenta resistência da Rússia, que pode vetá-la.
A guerra entre Israel e o Hamas dura 12 dias e já causou mais de 4,4 mil mortes. Além dos bombardeios, os palestinos sofrem com a falta de alimentos, combustíveis e remédios por causa do cerco imposto por Israel à região.